sexta-feira, março 31

Portagem

O quotidiano ...

O lápis azul

Se há coisa que me chateia é a necessidade dos meus comentários, antes de serem publicados, irem à censura prévia do dono (não sei se lhe chame "dono") do blog.
Dirão que a solução é simples e até é: não o visitar.

Não sei porquê, mas faz-me lembrar os tempos do "lápiz azul" da Censura Salazarista e eu aí não alinho.
Claro que o assunto não tem a mínima importância, pois ainda outro dia tive oportunidade de ler na Imprensa que existem milhões de blogs em todo o mundo, a maior parte dos quais acabam por morrer de morte natural (ninguém os lê) para darem lugar a outros.
Muito possivelmente, mais cedo ou mais tarde, é o que também nos irá acontecer. É como ginjas ...

Publicar um blog e criar mais de quantas seguranças e mais de quantos entraves para os podermos comentar, é como a prática utilizada em muitos estabelecimentos de restauração, em que é "limitado o direito de admissão" o que faz que não seja qualquer um a poder ir lá “beber um copo”.
Se o blog existe, será necessariamente não só para que o leiam, para que o critiquem, para que o provoquem, mas também para que salientem a sua excelência e a sua qualidade, determinados aspectos que mais nos chamaram a atenção, pois se não fosse assim era bem melhor que o autor escrevesse um diário, daqueles que até têm uma fechadurazinha, ou um cadeado.

Mas não. Há que proibir o acesso aos intrusos, aos provocadores, aos que não pertencem ao clã ... são "normas de segurança".

Também já "alinhei" nessa “história” das letras esquisita, ou dos números, eu sei lá, toda uma trabalheira para quem acedia ao blog e pretendia comentar um post!
Acabei por desistir. Quem quiser escrever que escreva, quer seja anónimo, quer não seja, quer me venha insultar ou provocar. Só pelo facto de me lerem já me considero "importante":

- Alto lá! Está aqui um, ou uma, que me veio ler.

É PROIBIDO PROIBIR!

quinta-feira, março 30

Porque razão esta rosa é cor-de-rosa?


A resposta está na estrutura atómica da matéria que a compõe.

Nós interagimos com o Universo através do jogo da luz e da matéria.
Sendo feitos de protões e de electrões, somos seres electromagnéticos que comunicam com o mundo exterior através de ondas electromagnéticas.
Assim, uma grande parte da nossa experiência humana provém dos reflexos da luz solar nos objectos que povoam o nosso ambiente e que estimulam as nuvens de electrões presentes nas cadeias de proteínas do interior da retina dos nossos olhos.

Como todos sabemos, a luz branca é uma amálgama de cores, que vão do vermelho ao violeta.
A rosa absorve o azul e o violeta, e apenas reflecte o vermelho, que se mistura com o branco e dá o cor-de-rosa.

Porquê esta preferência pelo azul e o violeta?
Por causa da disposição das órbitas dos electrões nos átomos e moléculas que compõem a rosa.

Como se sabe, para que um átomo ou uma molécula absorva luz, o electrão tem de dar um salto quântico, de uma órbita de baixa energia, próxima do núcleo do átomo, para outra de maior energia e mais afastada do núcleo, sendo a energia (ou a cor) da luz absorvida, precisamente igual à diferença de energia entre estes dois níveis.

Ora acontece que certas órbitas de electrões dos átomos da rosa estão dispostos de tal maneira que as suas diferenças de energia correspondem exactamente à energia das cores azul e violeta e por isso são elas as absorvidas.

“Serenos são os brilhos que espalha
Voam mares em azuis cidades
No arco-íris constroem bases”

Em contrapartida, não existem órbitas cuja diferença de energia corresponda à energia da cor vermelha. Por isso, esta não é absorvida e, reflectida, vem estimular a nossa retina.

É a minha busca incessante dos “porquês” …

“Serei a pedra e o sal
Aquela palavra ausente
Serena que o mar afasta
Da calmaria das noites"

Enxertos de poemas do blog http://branco-e-preto.blogspot.com


Maravilhoso?

terça-feira, março 28

Match Point


A bola de ténis saltita no rebordo da rede, poderá cair para um lado ou para o outro, o que implica ganhar ou perder.

"És tão bonito"
"O teu sorriso é tão lindo"

A menina da alta sociedade, que sempre teve tudo quanto quis, pois o papá rico sempre lhe fizera todas as vontades, acaba por "adquirir" o belo instrutor de ténis.
E ele nem sequer hesita. Passou a ter "status", acabaram-se os problemas económicos e as preocupações. Bastava manifestar um desejo e o sogro prontamente o satisfazia.
Passou a ocupar-se dos negócios, com as recepções e os jantares em sociedade, vivendo numa gaiola dourada, em que o seu “papel” era proporcionar um filho e um neto, que tardava em aparecer.

Os franceses têm uma frase:
"Dans l'amour il y a toujours un qui aime et autre que se laisse aimer".
E os “Macuas” de Moçambique, distinguiam entre:
- “Fazer máquina” e “fazer amor”

Em casa, o nosso ex-instrutor de ténis “fazia máquina”.

A bela e sensual americana, com quem o cunhado andava, atraiu-lhe a atenção e um fogo devorador invade-os. Ele não resiste, é impossível resistir-lhe. É a loucura total.

“Tens umas mãos tão bonitas”
“O teu corpo é tão belo”

Mas também o stress, ela telefona-lhe a toda a hora, nos momentos mais “inconvenientes” (para ele), que se vê obrigado a pedir desculpa para atender o telemóvel e a descobrir pretextos para se encontrarem. Passa a viver em sobressalto, entre o receio de ser descoberto e a paixão erótica avassaladora e omnipresente.

Mas há que preservar as aparências e não perturbar as instituições e por isso
Woody Allen manobrou no sentido de levar o espectador a considerá-la uma oportunista, que ameaça contar a sua gravidez e tirar partido da situação, assim como nos leva a “torcer” pelo marido, que vive momentos terríveis, com receio de perder o seu “status” e até, para complicar as coisas, a mulher “oficial” que acabara finalmente por engravidar.

Por isso ele nem sequer hesita em recorrer ao assassínio, acabando por se tornar suspeito para a Polícia.

Mas quando atira ao rio a aliança que tirara a uma das assassinadas, tal como a bola de ténis, ela ressalta no parapeito da ponte e cai para a outra “metade do campo”, que não a sua, onde é encontrada por um tóxico-dependente, já com antecedentes criminais, que assim se torna no “culpado ideal”.

O marido ganhara, porque além de salvar a pele mantém toda a sua situação?

Ou perdera a paz de espírito e a consciência tranquila para o resto da vida?

Mas quem é que, hoje em dia, se preocupa com estas “ninharias”?

segunda-feira, março 27

O SMS

Meti-me no carro pois estava atrasado, como de costume, mas antes tinha de mandar um SMS e foi o que fiz. Meti um CD que me tinham oferecido. Não gosto que me ofereçam CDs, como também não gosto que me ofereçam camisas e como dantes nunca ficava com nenhuma gravata oferecida, trocava-as sempre. Gosto de ser eu a escolher.

No primeiro semáforo havia uns homens a entregar o que me pareceu serem folhetos de propaganda. Normalmente não abro, permaneço encerrado na minha “concha”. Mas desta vez abri. Que diabo, eles estavam a fazer o serviço para que eram pagos.
Mas não eram folhetos. Era um desodorizante para automóvel, ou pretendia ser, e tinha uma mensagem agrafada:

“Senhoras e Senhores. Tenho 2 Crianças não Temos Trabalho Por Favor Aceite Este Objecto Para uma Pequena AJUDA”

Muito possivelmente estava a ser “levado", muito possivelmente eles estariam a ser explorados por alguma Máfia. Estamos sempre “a ver filmes”. Que me importava a mim mais € menos € ? O dinheiro é para se gastar, é feito para circular, quando o há.

Estacionei no parque do costume e é então que o telemóvel toca, Era a resposta ao meu SMS, ou melhor, não era bem uma resposta, era sim um SMS para guardar, para não apagar. Ali permanecerá.

Bati com a porta do carro e vim-me embora. Foi então que me surgiu a dúvida sobre se teria trancado o carro. Que se lixe, não volto atrás para ver. Mas mais uns metros andados, resolvi voltar atrás para verificar. E foi isso que me chateou: o ter começado a preocupar-me com os pequenos nadas do quotidiano, porque me estava a tornar um “homem-cinzento” e já me estou a ver de casaco e gravata.

Só me faltava mais esta!

Quando voltei ao automóvel para ir almoçar tinha no vidro um folheto de propaganda de uma “Espírita Astróloga” que me ajudaria “a tratar de qualquer dificuldade: amor – negócios – justiça – emprego – saúde – mal olhado – inveja – vícios – brigas em família – impotência sexual – traz de volta a pessoa amada”.

Tomei nota do número do telefone

domingo, março 26

Ter "classe"

Sem querer personalizar, pois não quero ferir susceptibilidades, nem me pretendo expor a processos judiciais, por citar nominalmente pessoas, apeteceu-me divagar sobre este tema.

Ter "classe", é ser diferente, para melhor, do comum dos mortais. Não tem nada a ver com a capacidade económica, ou com a capacidade intelectual, ou com as funções públicas que exerce, tem a ver com a sua postura e com o seu comportamento perante os outros e terá, muito provavelmente a ver com o meio social onde nasceu, cresceu e foi educado, dirão. Talvez tenha, talvez tenha grande influência, mas não é condição "sine qua non", porquanto há excepções: grandes personalidades que se afirmaram e impuseram à admiração e respeito de todos, pese embora a sua origem modesta.

Em determinada altura da minha vida e devido ao cargo que desempenhava, despachava directamente com alguém que exercia importantes funções.

Foi o desmoronar dos mitos. Sempre fora criado na convicção de que quem exercia elevados poderes directivos ou de chefia, deveria ser, pelo menos por inerência, forçosamente o melhor, a pessoa mais indicada para o exercício do cargo.
Puro engano ...

Comparo a “classe”, com o “carisma”. Não sei se estou certo, ou errado, vocês o dirão. Mas, quanto a mim, a “classe” manifesta-se no meio social em que a pessoa se move. Esta “sobressai” entre os demais e, por isso, torna-se o centro das atracções.
O “carisma” estará relacionado com uma forte personalidade, susceptível de atrair e arrastar multidões, na prossecução de determinados objectivos políticos. Na maior parte dos casos, esses objectivos políticos têm a ver com a implementação de regimes totalitários, ou, pelo menos, de regimes de fraca componente democrática.

Mais uma de hospedeiras de bordo


A seguinte cena aconteceu num vôo da British Airways entre Johannesburgo (África do Sul) e Londres.
Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe económica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.
Visivelmente perturbada, chamou a hospedeira de bordo.
"Qual é o problema, senhora"?, perguntou a hospedeira.
"Não está a ver? - respondeu a senhora - "vocês colocaram-me ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você tem de me dar outra cadeira".
"Por favor, acalme-se - disse a hospedeira - "infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível".
A hospedeira afasta-se e volta alguns minutos depois.
"Senhora, como lhe disse, não há nenhum outro lugar livre na classe económica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar. Temos apenas um lugar na primeira classe".
E antes que a mulher fizesse algum comentário, a hospedeira continua:"Veja, não é costume a nossa companhia permitir a um passageiro da classe económica sentar-se na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável".
E, dirigindo-se ao senhor negro, a hospedeira prosseguiu: "Portanto, senhor, caso queira, por favor, pegue na sua bagagem de mão, pois reservámos para si um lugar na primeira classe..."
E todos os passageiros próximos que, estupefactos, assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

( enviado por "marakoka...")

sábado, março 25

BLOGNÓCIO DA PRIMAVERA


Jantar/Encontro da Irmandade Blogueira

25 de Março de 2006

Desejo-vos um bom jantar e um amigável convívio.

São duas da manhã

São duas da manhã,
oh! meu amor
e tu dormes.

São duas da manhã
e pressinto-te
e quero-te.

São duas da manhã
e penso:
dormes!

São duas da manhã!
São três da manhã!
São tantos amanhãs.

(A.M.F.)

sexta-feira, março 24

Haja Humor - Acima de tudo, com classe!

Uma funcionária da TAP, em Lisboa, deveria ganhar um prémio por ter sido
esperta e divertida, e ter atingido o seu objectivo, quando teve que lidar com um passageiro que provavelmente mereceria voar junto com a bagagem.

Um voo lotado da TAP foi cancelado. Uma única funcionária atendia e
tentava resolver o problema de uma longa fila de passageiros. De repente,
um passageiro irritado cortou toda a fila até o balcão, atirou o bilhete
em cima do mesmo e disse:

- Minha senhora tenho que estar neste voo, e tem que ser na Primeira Classe.

A funcionária respondeu:

- O senhor desculpe, terei todo o prazer em ajudá-lo, mas tenho que atender estas pessoas primeiro, já que elas também estão aguardando pacientemente na fila. Quando chegar a sua vez, farei tudo para poder satisfazê-lo.

O passageiro ficou irredutí­vel e disse, bastante alto para que todos na
fila ouvissem:

- A senhora faz alguma ideia de quem eu sou?

Sem hesitar, a funcionária sorriu, pediu um instante e pegou no microfone, anunciando:

- Posso ter um minuto da atenção dos senhores, por favor? (a sua voz
ecoou por todo o terminal) E continuou:
- Nós temos aqui no balcão da TAP um passageiro que não sabe quem é,
deve estar perdido! Se alguém é responsável pelo mesmo, ou é parente,
ou puder ajudá-lo a descobrir a sua identidade, solicitamos compareça
no balcão da TAP. Obrigada!

Com as pessoas atrás dele gargalhando histericamente, o homem olhou
furiosamente para a funcionária, rangeu os dentes e disse, gritando:

- Eu vou-te f...!!!

Sem recuar, ela sorriu e disse:

- Desculpe, meu caro senhor, mas mesmo para isso vai ter que esperar na
fila...

quinta-feira, março 23

Notícia de última hora

Numa tentativa de eliminar a gripe das aves, o Presidente Bush decidiu bombardear as Ilhas Canárias e o Peru...

O herói

Um homem passeia tranquilamente por um parque em Nova York quando de repente vê um cachorro raivoso a ponto de atacar uma aterrorizada menina de 7 anos.
Os curiosos olham de longe, mas - mortos de medo - não fazem nada.
O homem não titubeia e lança-se sobre o cachorro, aperta-lhe a garganta e mata-o.

Um polícia que viu o ocorrido aproxima-se maravilhado, dizendo-lhe:
- O senhor é um herói.
Amanhã todos poderão ler na primeira página dos jornais:
"Um valente Nova Yorkino salva a vida de uma menininha.

"O homem responde:
- Obrigado, mas eu não sou de Nova York.
- Bom - diz o polícia - Então dirão:
"Um valente americano salva a vida de uma menininha.
"- Mas é que eu não sou americano - insiste o homem.
- Bom, isso não importa ...
E de onde é você?
- Sou árabe - responde o valente.

No dia seguinte os jornais publicam:
"Terrorista árabe massacra de maneira selvagem um cachorro americano de raça pura, em plena luz do dia e em frente de uma menininha de 7 anos que chorava aterrorizada."

Isto é o que se chama "liberdade de imprensa" ...

Da amizade

"A ave constrói o ninho; a aranha, a teia; o homem, a amizade."
(William Blake)

Sempre liguei este sentimento ao sexo masculino. Encontrei-o, na sua maior pujança, em situações de perigo iminente, quando cumpri o serviço militar em África.

Hoje desapareceu praticamente, substituída pela competitividade, em que o vale tudo e os “golpes baixos” são o trampolim para a subida profissional, quando há falta de mérito próprio para o conseguir.

A amizade entre os dois sexos surge e evolui, em muitos casos, para o amor. E se este persiste, com o passar dos anos é a amizade que acaba por voltar a assumir um papel mais preponderante.

Mas em muitos casos essa amizade entre os dois sexos não evolui para o amor, continua apenas em camaradagem e apoio mútuo. Penso que esta variante representa a amizade no estado puro, em que não existe nenhuma intenção sexual, ou de carácter competitivo.

Quanto é boa a amizade total, a que tem tudo.

quarta-feira, março 22

Problemas com o sobrenome

Cá vai uma notícia para animar. Quando passarem por Beja, poderão certificar se é verdade ou não.......

O Registo Civil de Beja recebeu o seguinte requerimento:

Beja, 5 de Fevereiro de 2006.

Eu, Maria José Pau, gostaria de saber da possibilidade de se abolir o sobrenome Pau do meu nome, já que a presença do Pau me tem deixado embaraçada em várias situações. Desde já agradeço a atenção despendida.

Peço deferimento,

Maria José Pau.

-------------------------------------------

Em resposta, recebeu a seguinte mensagem:

Cara Senhora Pau:

Sobre a sua solicitação da remoção do Pau, gostaríamos de lhe dizer que a nova legislação permite a remoção do Pau, mas o processo é complicado e moroso. Se o Pau tiver sido adquirido após o casamento, a remoção é mais fácil, pois, afinal de contas, ninguém é obrigado a usar o Pau do cônjuge se não quiser.
Se o Pau for do seu pai, torna-se mais difícil, pois o Pau a que nos referimos é de família e tem sido utilizado há várias gerações. Se a senhora tiver irmãos ou irmãs, a remoção do Pau torná-la-ia diferente do resto da família. Cortar o Pau do seu pai pode ser algo muito desagradável para ele.
Outro senão está no facto do seu nome conter apenas nomes próprios, e poderá ficar esquisito, caso não haja nada para colocar no lugar do Pau.
Isto sem mencionar que as pessoas estranharão muito ao saber que a senhora não possui mais o Pau do seu marido. Uma opção viável seria a troca da ordem dos nomes.
Se a senhora colocar o Pau na frente da Maria e atrás do José, o Pau pode ser escondido, pois poderia assinar o seu nome como "Maria P. José".
A nossa opinião é a de que o preconceito contra este nome já acabou há muito tempo e visto que a senhora já usou o Pau do seu marido por tanto tempo, não custa nada usá-lo um pouco mais. Eu mesmo possuo Pau, sempre o usei e muito poucas vezes o Pau me causou embaraços.

Atenciosamente,

Bernardo Romeu Pau Grosso

Registo Civil de Beja

15/02/2006


(enviado por “Lumife” http://bxalentejo.blogspot.com/ )//

terça-feira, março 21

Primavera


Hoje, 21 de Março de 2006, entrou a Primavera, a estação das flores e do amor.

Saudemos a sua chegada com "A Primavera", tempera em madeira, pintada por Sandro Botticelli e exposta no museu Uffizi em Florença.

A poesia é celebrada hoje em todo o mundo


Por esse facto e por Ana Hatherly estar presente numa das duas sessões (18h30 e 21h30) que terão lugar na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, publicamos uma sua poesia.

Pensando o tempo

Pensando o tempo
hesitamos
como quem está
diante de um desconhecido e frio mar

Pensar
implica sempre
um certo grau de distorção
uma paralaxe da memória

Com imprecisão
lançamos a nossa rede de ideias
o nosso turbilhão fiável de palavras

Como se o tempo fosse um mar
com suas vagas alisadas pelo vento

(Ana Hatherly)

Tiro pela culatra


Vamos "arejar" a casa. Isto está demasiado sério!

Dordio Gomes



”O pintor Simão Dordio Gomes nasceu em Arraiolos (Alto Alentejo) em 1890 e matriculou-se no curso de Pintura Histórica da Escola de Belas - Artes de Lisboa em 1902.
Nas suas primeiras obras é nítida a influência do pintor Columbano, o que levou os seus primeiros críticos a considerá-lo aluno deste grande mestre.Em 1910 concorreu a uma bolsa de estudos no estrangeiro, conquistando a primeira classificação e em Dezembro desse ano partia para Paris.
A bolsa concedida foi porém suspensa por motivos estranhos à actividade artística do pintor e só voltou a ser-lhe dada em 1921.Em todo este longo período o artista viveu na sua terra natal, e ai, só, sem qualquer estímulo, realizou as suas primeiras obras: quadros de feição regionalista, que se encontram hoje, na sua maioria, em vários museus portugueses.
A segunda permanência em Paris durou de 1921 a 1926. Com o regresso a Portugal em 1926, recomeça uma nova fase da sua pintura, e durante quatro anos trabalha na decoração do salão nobre dos Paços do Concelho da sua terra, para o qual realiza, pelo processo do óleo sobre tela, onze painéis, ainda de assuntos regionalistas, mas já com grande violência de cor, a que não é estranha a influência de Cezanne.
Em 1933 concorreu à vaga de professor de Pintura na Escola de Belas - Artes do Porto, cargo de que tomou posse em Março de 1934.” (in Dordio Gomes: Estudo de Manuel MendesLisboa, 1958, adaptado)

Podemos apreciar alguns óleos seus no Museu de Arte Contemporânea da Gulbenkian.

A aguarela reproduzida é de 1927, intitula-se “Noite de S.João” e ilustra uma tradição de cunho popular, em que as crianças eram mergulhadas na fonte em primeiro plano, chamada “Fontainhas”. Ao fundo, por detrás dos edifícios com barras azuis, está pintado o castelo bem como parte da vila que lhe dá acesso e onde se vêem dois edifícios pertencentes à família do pintor e que na realidade se encontram por detrás de nós. A fonte também não se situa naquele local, que é o largo principal da vila, o da Câmara Municipal. O pelourinho e os edifícios com barras azuis permanecem inalterados e bem posicionados, assim como o edifício alto à direita.

segunda-feira, março 20

Divagações

Têm-me perguntado muitas vezes por que razão está a incerteza que afecta o comportamento dos átomos, ausente à escala das coisas correntes da vida?

A explicação é simples: a massa dos objectos do quotidiano, sendo muito maciça e tendo muita inércia, não é facilmente perturbada quando os iluminamos para os observar.
O impulso da luz é negligenciável e, deste modo, a velocidade dos objectos pode ser medida com toda a precisão possível, ao mesmo tempo que a sua posição.

Para localizar uma partícula subatómica temos igualmente da iluminar com uma luz cujo comprimento de onda é comparável ao de um átomo, ou seja, um décimo de milionésimo de milímetro (110^-8cm). Mas, ao iluminarmos a partícula, perturbamo-la e damos-lhe um impulso que modifica totalmente a velocidade que ela possuia antes de a observarmos.

De um modo muito rudimentar, poderemos dizer que o "Princípio de incerteza de Heisemberg" é inerente ao mundo dos átomos e que, portanto, nunca poderemos medir simultaneamente a sua velocidade e a sua posição com a maior precisão possível.

Isto faz-me lembrar o "dom da ubiquidade", que a "mecânica quântica" aceita poder acontecer no caso de uma partícula subatómica. O electrão, podendo assumir a versão de onda, ou de partícula, pode, graças à sua versão de "onda", adquirir esse dom. Pode estar em toda a parte ao mesmo tempo, a sua trajectória deixou de ser definida e os Físicos dizem que ele está sujeito ao "fluxo quântico". Este fluxo permite ao electrão “pedir emprestada” energia ao "banco" da Natureza, energia que, como em qualquer Banco, terá de pagar. Por isso é do maior interesse para o electrão agir muito depressa, para tirar proveito do seu empréstimo de energia e poder ultrapassar fileiras de átomos que se opõem à sua passagem.

Esse acréscimo de energia permite-lhe “cavar” uma espécie de túnel para atravessar a barreira de átomos. Os físicos chamam-lhe "efeito de túnel" e é o que permite a qualquer de nós ouvir o nosso CD favorito (pode ser Michael Bublé - "caught in the act", que me ofereceram no Dia do Pai) na nossa aparelhagem estéreo. De facto, é graças ao "efeito de túnel" que funcionam alguns componentes micro-electrónicos.

domingo, março 19

Dia do Pai


Hoje, dia 19 de Março, é dia do Pai. Mais um dia escolhido por uma sociedade consumista, para vender os seus produtos.
Mas é também e sobretudo, para muitos Pais, para os Pais responsáveis, o dia a quem uma Justiça antiquada e tradicionalista, atribuiu a custódia dos filhos menores à Mãe e que assim se viram, muitas vezes sem qualquer culpabilidade da sua parte, privados do convívio com os filhos, de acompanhar o seu crescimento, enfim de todos os pequenos nadas que minoravam o mal estar quotidiano de um casamento mal sucedido.
Felizmente que em Portugal se verificam já pequenas, pequeníssimas excepções, da parte de alguns juízes, que sabiamente e dentro da legalidade, sabem "distinguir o trigo do joio" e descartar o, por vezes "sujo" negócio da "troca de tempo de afectividade paterna", por um aumento no dinheiro da pensão exigida pela mãe, à qual, em muitos casos, cabe grande parte da situação criada.

Neste "dia do Pai", celebrado com a tradicional prenda, deveríamos contribuir para mobilizar as consciências, lembrarmo-nos do "Movimento Batman" em Inglaterra e de organizações semelhantes (cá também já as há) procurando aumentar o "poder de luta" dos pais pelos seus direitos, a quem uma Justiça não actuante, ou melhor, sem capacidade efectiva de muitas fazer cumprir as suas decisões, permite que certas Mães retirem impunemente aos ex-maridos a possibilidade de durante anos e anos, (pelo menos até aos 13 anos, altura em que a criança, teoricamente, tem o direito de escolher com quem deseja continuar, se com o pai, se com a mãe) a possibilidade de, pelo menos, verem os seus filhos .

É para esses pais responsáveis e sofredores, que eu escrevi este "post".

Amendoins

O motorista do autocarro de uma excursão da "terceira idade" sentiu uma das velhinhas a bater-lhe no ombro e a oferecer-lhe um punhado de amendoins torrados.
- Ah, obrigado! disse ele, enquanto pegava o saquinho de amendoins.

Passados uns dez minutos, lá vem novamente a velhinha, batendo-lhe no ombro e oferecendo mais um saquinho de amendoins.
- Obrigado, de novo! disse ele.

A cena repetiu-se umas oito vezes.

Aí, intrigado, o motorista perguntou à boa velhinha:
- Mas porque é que vocês me estão a dar todos os saquinhos de amendoim, em vez de os comerem? Vocês não gostam de amendoim?

- Ah, meu filho, aquelas de nós que ainda têm dentes, não aguentam mastigar os amendoins.

- Então! Mas porque é que vocês compraram tantos saquinhos assim?

- É que nós adoramos o chocolatinho que tem à volta...

O sexto sentido da Astronomia

Uma antiga previsão da Física teórica, as “ondas gravitacionais”, está à beira de deixar de ser uma previsão da “teoria da relatividade geral” de Einstein, para passar a ser um instrumento útil no estudo do Universo.

Produzidas pela variação da configuração de objectos massivos, como num movimento rapidamente acelerado do colapso de uma estrela, assemelham-se à radiação electromagnética produzida por cargas eléctricas.

Pelo facto de serem extremamente difíceis de detectar (a “radiação gravitacional” é muito mais fraca que a sua parente electromagnética) nunca foram observadas, mas a confiança da maioria dos cientistas na teoria da relatividade geral (que até agora nunca errou) leva a que se acredite na realidade destas ondas e se continuem a elaborar experiências para a sua detecção.

Hoje em dia a nossa compreensão do cosmos é feita através da radiação electromagnética mas, infelizmente, tal informação não chega para responder a todas as nossas questões, sobretudo às que estão relacionadas com assuntos relativos a “buracos negros” e afins, que não deixam a radiação electromagnética escapar.
Ora as “ondas gravitacionais” encerram informações de grande valor, pois elas atravessam o universo sem sofrer alterações e podem chegar até nós com notícias surpreendentes sobre ”o nascimento de um buraco negro” ou mesmo com revelações sobre o universo, quando encarado como um todo.

Assim, é como se o ser humano pudesse ter “um novo sentido”, sentido esse que lhe permite aperceber-se de tudo aquilo que lhe tinha escapado até agora.

(texto elaborado a partir de elementos retirados do ASTRONOVAS, Boletim Informativo do Observatório Astronómico de Lisboa - Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa)

sábado, março 18

Sofragmentos - O site da poesia de Ana de Sousa






A ligação perdida foi novamente restabelecida:

sofragmentos

Deliciem-se e Bom Fim de Semana !

O disco celeste de Nebra


Descoberto em 1999, próximo de Nebra, na Alemanha, "O disco celeste de Nebra" é o mais antigo objecto na história da humanidade a exibir estrelas concretas e encontra-se em exposição, no museu Reiss-Engelhorn, em Mannheim, Alemanha, até ao dia 16 de Julho, depois de ter estado exposto em Halle, Copenhaga e VienaO disco de 32 centímetros de largura e ornamentos dourados que simulam o sol, a lua, e as estrelas é a mais antiga representação visual do cosmos conhecida até hoje. Um agrupamento de sete pontos foi interpretado previamente como a constelação Plêiades, como aparecia há 3600 anos.

A divulgação da funcionalidade do disco traz à luz os conhecimentos astronómicos da Idade do Bronze, quando as pessoas usavam uma combinação dos calendários solar e lunar como um importante indicador para as estações agrícolas e para a passagem do tempo.

sexta-feira, março 17

Fragmentos - A Poesia inebriante de Ana de Sousa




"continua a falar: apenas o que se oculta no lado escuro das palavras ultrapassa a insuficiência das próprias palavras..."

Finalmente vai ser lançado o primeiro livro de Ana de Sousa, a conhecida Ana Lu, do forum Sapo, e Intensidez, do Blogger.

Para os sortudos que moram em Évora, eis uma oportunidade quase única para conhecer uma das poetisas mais suavemente marcantes do mundo internautico português.

Deixem-se embalar pelo sopro táctil das suas palavras. A viagem é garantida.


As leis mais maradas do mundo

No Líbano, os homens podem legalmente ter relações sexuais com animais, mas têm que ser fêmeas. Relações sexuais com machos é punível com a morte. (Paneleirices é que não!)

No Bahrain, um médico pode legalmente examinar a genitalia feminina, mas para ele, é proibido olhar directamente para ela durante o exame. Pode apenas olhar através de um espelho...(Grandes artistas...)

Os muçulmanos não podem olhar os genitais de um cadáver.Isto também se aplica aos funcionários da funerária. Os órgãos sexuais do defunto devem estar sempre cobertos por um tijolo ou por um pedaço de madeira. (sim um tijolo!!!)

A penalidade para a masturbação na Indonésia é a decapitação. (PORRA!!)

Há homens em Guam cujo emprego em tempo integral é viajar pelo país e desflorar virgens, as quais pagam pelo privilégio de ter sexo pela primeira vez. Razão: pelas leis de Guam, é proibido a virgens casarem. (onde é que fica o Guam?!?!?!? Será cara a passagem de avião??!!)

Em Hong Kong, uma mulher traída pode legalmente matar seu marido adúltero mas deve fazê-lo apenas com suas mãos. Em contrapartida, a amante pode ser morta de qualquer outra maneira (morre putaaa!).

Em Cali, na Colombia, uma mulher só pode ter relações com o seu marido, e a primeira vez que isso ocorre, a sua mãe deve estar no quarto para testemunhar o acto. (esta faz tremer qualquer um só de pensar. Já não bastava chatear com tudo, ainda tem de ir mandar palpites, de como se come a filha!!!)

(recebido por Email)

pela enésima vez...


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

quinta-feira, março 16

inÉpcia - Clarificando a situação


Este livro encontra-se nas bancas e, por engano, o Peter ao analisar os textos pensou tratar-se de uma obra do Zé Pinto Correia, nosso colaborador.

Esclareço, porém, que é da autoria exclusiva do autor do site inÉpcia : http://www.inepcia.com/ que consta nos nossos links.

Portanto: Quer o site quer o livro são da AUTORIA EXCLUSIVA do RENATO CARREIRA.

O Zé A. Pinto Correia, aqui conhecido por LetrasAoAcaso ou zézinho, não participa nem nunca participou no projecto inÉpcia.

Peço publicamente as minhas desculpas ao autor Renato Carreira pela situação criada, a qual é alheia quer à administração quer a outros colaboradores do blogue Conversasdexaxa4.

Já agora, tal como já aconselhámos, comprem o livro e visitem o site. Estão muito bem realizados e valem a pena.

Alarme: Gripe das Aves chegou ao Conversas !


É com imensa preocupação que acabamos de constatar que a Gripe das Aves iniciou os bombardeamentos de cacarejo no nosso querido blogue. A todos os que valentemente nos acompanham nesta luta feroz lançada pelo império galináceo pedimos coragem e paciência para suportar as atrocidades que se seguirão. Aguardamos impacientemente a chegada de um carregamento de milho transsexual que será muito útil no apaziguar das hostilidades. Tenhamos calma e esperança, pois então. As patas chocas não passarão !

quarta-feira, março 15

Sem amanhã

As cortinas queimadas por acção do Sol ondulam ao sabor de uma brisa suave e inaudível. Inusitado silêncio tumular este que me consome!

Nem o mais leve ruído para quebrar a (in) tranquilidade de um dia amarelo, resplandecente e brilhante. O Astro-rei confunde-se já com os limites ilusórios do horizonte, inatingível, procurando esconder-se dos olhares cobiçosos, envergonhado pela impertinência de um calor sufocante, transversal, queimando sem exclusão, terras, secando águas, desnorteando pessoas e confundindo tudo o que é ser vivo no planeta.

[A interrupção incómoda do som avisador de mensagem recebida quebrou por um milésimo de segundo o silêncio. Sepulcral]

O olhar a terra queimada e o suscitar de imediato a analogia: o desperdício dos dias jogados fora, o constatar do vazio de uma vida [sem amor] inglória, a angústia do tempo que falta para o último cerrar de olhos, o eterno cerrar de olhos quiçá por uma mão invisível.

Somos páginas chamuscadas de um livro ainda não escrito, mas que talvez ainda possamos rabiscar, deixando letras, apenas letras, que traduzem uma forma de estar num mundo onde não se desejou permanecer.

[O candeeiro de canto parece fitar-me maldosamente. Como se adivinhasse que [me] [te] sobrevirá.

A ausência de letras [a recorrência da figura literária da ausência é a constatação de todas as ausências. Recorrência compulsiva, doentia, entorpecedora, analítica e ao mesmo tempo apenas e só ausência. Pesa carregar este fardo incómodo durante toda uma vida] tal como a ausência de amor, a inexplicabilidade dos dias deitados fora, perdidos, insolúveis, como insolúvel é este espaço de tempo em que movimento. Anacrónico!

As cortinas desbotadas continuam o leve ondular. É sem dúvida a incondicionalidade da vida e a inevitabilidade da morte.

[Nunca saberei a que sabem os teus lábios?]

Que Deus louco permite que arrastemos o peso imenso de uma vida que se não viveu e se permite ainda cerceá-la quando lhe aprouver sem que segunda oportunidade seja considerada?

Suportar a impossibilidade é já carga enorme nas costas frágeis de humanos expostos às iras de um Deus semi-louco.

Ficará o desejo. [Sempre]

Ainda que sem amanhã. Algures no prolongamento da insanidade ou no despertar de toda a lucidez.

Penso que este mail é útil para quem lida com contabilidade.

A sua actualização data de 01-01-2006.NOÇÕES DE CONTABILIDADE Para quem não suporta ou não entende nada de contabilidade,vamos explicar mais ou menos como funciona!!!

A solteira é.........................Crédito
A casada é..........................Débito
A cunhada é........................Provisão para devedores duvidosos
A bonita é...........................Lançamento Certo
A feia é.............................. Estorno
A feia e rica é......................Conta de Compensação
A bonita e rica é...................Lucro certo
A ex-namorada é................ Saldo de exercícios anteriores
A namorada é......................Resultado de exercício futuro
A noiva é.............................Reserva legal
A esposa é..........................Capital Integralizado
A vizinha é...........................Ações de outras companhias
A amante é...........................Empresa coligada
As que fazem operações plásticas.....Obras e benfeitorias
As gestantes são.................Obras em andamento
As que dão bola são.............Incentivos recebidos
As que não são viúvas, casadas ou solteiras são.........Contas a classificar
As que muito namoram e não se casam são......Saldo à disposição da assembléia
As que são surpreendidas em flagrante são........Passivo a descoberto
A sogra pode ser classificada como..........PREJUÍZO ACUMULADO OU CONTAS A PAGAR.

Viu como é fácil?!!!

(recebido por Email)

Chegou a hora ...

Chegou a hora de:

- ler os livros que tenho ido acumulando;

- ouvir os CDs que tenho comprado;

- ver os DVDs

Da Tuna Académica do Liceu de Évora

No Alentejo, a constituição de Tunas é tradição muito antiga. A Tuna Académica está bastante ligada às comemorações do 1º de Dezembro. A rebelião de 21 de Agosto de 1637, em Évora, deve ter contribuído para o grande entusiasmo de que se revestiam, ainda no meu tempo, as comemorações do Dia da Restauração Nacional.
A Tuna Académica do Liceu de Évora foi fundada no 1º de Dezembro de 1902, e um dos seus objectivos é comemorar o 1º de Dezembro e é a Tuna Académica mais antiga do ensino secundário de todo o País e também a única tuna cujo repertório é exclusivamente só de peças instrumentais.
No meu tempo, no 1º de Dezembro, também percorríamos as ruas de Évora ao romper da alvorada, com o estandarte da Tuna, na companhia de muitos e muitos outros colegas que faziam algazarra. Após a saída do Liceu a primeira paragem da Tuna era sempre frente à casa do Reitor, Dr. Bartolomeu Gromicho, e depois de tocarmos o Hino Académico havia sempre ruidosos Efe-Erre-Ás. Seguidamente rompíamos a tocar pela rua, rumo às Portas de Moura, Praça do Giraldo, Jardim das Canas, etc., com paragens aqui e ali e muita algazarra, e regressávamos ao Liceu.
O repertório, não mais que oito a dez peças, incluía sempre o Hino Nacional, o Hino da Restauração e, claro, o Hino Académico do Liceu. No meu tempo, faziam parte do repertório, por exemplo, o Momento Musical e a Marcha Militar do Schubert, que me lembre, passados que são quase 60 anos que deixei o Liceu.
A Tuna Académica do Liceu de Évora, por sua vez, é madrinha da Tuna Académica do Instituto Superior Técnico, já que os elementos fundadores desta tuna universitária tinham pertencido à Tuna do Liceu de Évora.

(colaboração do antigo aluno: José António Anjos de Carvalho)

terça-feira, março 14

Porque os homens são mais felizes que as mulheres

- O último nome nunca muda.
- A garagem é toda deles.
-Os planos para o casamento aparecem feitos.
- Chocolate é apenas mais um snack.
-Nunca ficam grávidos.
-Podem usar uma t-shirt branca num parque aquático. De facto, podem nem levar t-shirt.
-Os mecânicos falam com eles de maneira normal e não como se fossem atrasados mentais.
- Nunca têm que ir à procura de outra casa de banho porque a primeira está um nojo.
-Mesmo emprego, melhor salário.
-Vestido de noiva, para cima dum balúrdio.
-As rugas e o cabelo grisalho dão-lhes estilo.
-O arroto ocasional é bem visto.
-Os sapatos novos não causam bolhas nem amarfanham os pés.
-Têm sempre as mesma disposição.
-As conversas telefónicas só duram 30 segundos.
-Para umas férias de 5 dias só precisam de uma mala.
-Conseguem abrir todos os frascos sem ajuda.
-Agir sem pensar é bem visto.
-A roupa interior é muito mais barata.
-Nunca têm problemas com as alças do soutien.
-São incapazes de ver que a roupa está toda amassada.
-O mesmo estilo de penteado fica na moda durante décadas.
-Apenas se têm que preocupar com os pelos da cara.
-Não se martirizam por terem pneus.
-Só precisam de um par de sapatos.
-Podem arranjar as unhas com um canivete.
-Não faz mal se tiverem bigode.
-Conseguem fazer as compras de Natal para 25 parentes no dia 24, em 25 minutos.

Não admira que sejam mais descontraídos......

(recebido por Email)

As fases da Lua

A mulher é como a Lua. Tem fases. Daí a tão grande afinidade entre o corpo celeste e o corpo celestial.
O mês lunar corresponde ao ciclo menstrual e, desde a mais remota Antiguidade, a Lua foi adorada como uma deusa e ligada aos ritos da fertilidade.
As religiões monoteístas combateram-na. Segundo a religião católica Eva foi a culpada, tentada pela serpente, da sua expulsão do Paraíso juntamente com Adão. A figura de Maria, mãe de Jesus, teve sempre um papel secundário, só vindo a ser reabilitada e instituído o seu culto tardiamente, porque o catolicismo tal como o Islamismo sempre a perseguiram e culparam de todos os males. Na Idade Media eram queimadas nas fogueiras como feiticeiras e temos conhecimento de como o Fundamentalismo Islâmico lhe nega direitos que nós Ocidentais consideramos essenciais, não havendo paridade nem mistura com o mundo do homem, porque qualquer das duas grandes religiões são geridas e dirigidas por homens.
É sabida a influência da Lua nas marés, tal como a mulher influencia os humores ("marés") dos homens.
Tal como a Lua, lá no alto, nos "observa" a nós, pobres terrestres, assim a mulher, ciente do seu poder, nos vai observando, escolhendo, seduzindo, manobrando e "levando a água ao seu moinho".
Às vezes ponho-me a pensar se o homossexualismo masculino não terá a ver com a incapacidade de lidar, de igual para igual, com uma mulher.

Circulou aí pela NET um texto:
COMO SATISFAZER UMA MULHER

Dele destaco:
73. Diga que a ama todos os dias!!!
74. Volte ao começo e faça tudo de novo + 100 vezes.

segunda-feira, março 13

Os intocáveis

Evidentemente que não sou jornalista e por isso não posso fazer trabalho de investigação e tenho que me ater ao que relatam os jornais, como é o caso, que provocou em mim um misto de apreensão (pelo que me poderá também acontecer) e de revolta.

Uma jóvem, então com 25 anos, procurou em Fevereiro de 2003, uma consulta particular de ortopedia, numa clínica de Lisboa, devido a uma forte dor na omoplata direita.

Como todos sabem e até já aconteceu comigo, uma injecção (infiltração) resolve o problema. E foi o que o médico especialista e professor universitário lhe fez.

Simplesmente, por volta das 03 da manhã, a paciente teve de baixar ao Hospital de Santa Maria, onde lhe foi diagnosticado um "pneumotórax provocado" (pulmão perfurado). A alta foi-lhe apenas dada a 12 de Março de 2003, tendo, durante o seu internamento, contraido uma "tuberculose hospitalar". A suspeita de um "tromboembolismo pulmonar", ainda a obrigou a seguir um tratamento que se prolongou por mais um ano.

O ortopedista em questão apenas esteve contactável uma vez e pouco ou nada adiantou, pelo que foi apresentada queixa na Ordem dos Médicos a qual, até à data, ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Estamos "feitos" ...

Sites que vale a pena ver:

http://www.jacquielawson.com/viewcard.asp?code=0183913358

http://istoe.terra.com.br/istoedinamica/testes/grafologia/index.asp

Site premiado internacionalmente e é português!

http://www.ingreme.com/start.html

Dicionário das Loiras


Testículo: Texto pequeno.
Abismado: Sujeito que caiu de um abismo.
Pressupor: Colocar preço em alguma coisa.
Biscoito: Fazer sexo duas vezes.
Padrão: Padre muito alto.
Estouro: Boi que sofreu operação de mudança de sexo.
Democracia: Sistema de governo do inferno.
Barracão: Proíbe a entrada de caninos.
Homossexual: Sabão em pó para lavar as partes íntimas.
Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas.
Detergente: Acto de prender seres humanos.
Eficiência: Estudo das propriedades da letra F.
Conversão: Conversa prolongada.
Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social
Luz Solar: Sapato que emite luz por baixo
Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton.
Tripulante: Especialista em salto triplo.
Aspirado: Carta de baralho completamente maluca.
Coitado: Pessoa vítima de coito.
Assaltante: Um "A" que salta.
Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse.
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho.
Coordenada: Que não tem cor.
Presidiário: Aquele que é preso diariamente.
Ratificar: Tornar-se um rato.
Violentamente: Viu com lentidão.
Diabetes: As dançarinas do diabo.
Regime Militar: Rotina de dieta e exercícios feitos pelo Exército.

(recebido por Email)

domingo, março 12

Novo link

Por indicação de um amigo, grande animador e colaborador do blog: "A Guitarra de Coimbra", um blog dedicado à guitarra de Coimbra, resolvemos inclui-lo nos n/links.

Podem aceder a ele através da referª "Fado Coimbra".

Um mar de vidro em galáxias em colisão

Com o auxílio do telescópio espacial Spitzer, uma equipa de astrónomos observou uma população rara de galáxias em colisão, cujos núcleos estão envoltos por pequenos cristais que se assemelham a pedaços de vidro. É como se uma enorme tempestade de areia estivesse a ocorrer no centro dessas galáxias. Os silicatos envolvem os núcleos das galáxias como se fossem "cobertores" gigantes de vidro poeirento e o que presenciamos é análogo à colisão de duas carrinhas cheias de farinha. Quando isso acontece, uma nuvem de poeira branca é temporariamente levantada.

Na gravura abaixo podemos ver uma concepção artística do núcleo de duas galáxias em colisão com os cristais espalhados através deste. Os cristais de silicato (areia) foram representados a verde e as regiões a branco estrelas de todos os tamanhos e idades.
Esta é a primeira vez que cristais de silicato foram detectados numa outra galáxia que não a nossa.



Os cientistas ficaram surpreendidos ao descobrir cristais pequenos e delicados no centro de um dos locais mais violentos do Universo, pois os cristais com estas características são facilmente destruídos. Mas neste caso estão provavelmente a ser criados por estrelas moribundas, de grande massa, a um ritmo maior do que aquele a que se dá a sua destruição e os cristais são ejectados pelas estrelas, antes e após estas explodirem como supernovas.

Esta descoberta ajudará os astrónomos a compreender melhor a evolução das galáxias, incluindo a nossa Via Láctea, que daqui a uns milhares de milhões de anos se fundirá com a sua vizinha Andrómeda.

(elementos colhidos no ASTRONOVAS, boletim informativo do OAL)

As pequenas gavetas do amor


Se for preciso, irei buscar um sol
para falar de nós:
ao ponto mais longínquo
do verso mais remoto que te fiz

Devagar, meu amor, se for preciso,
cobrirei este chão
de estrelas mais brilhantes
que a mais constelação,
para que as mãos depois sejam tão
brandas
como as desta tarde

Na memória mais funda guardarei
em pequenas gavetas
palavras e olhares, se for preciso:
tão minúsculos centros
de cheiros e sabores

Só não trarei o resto
da ternura em resto desta tarde,
que nem nos foi preciso:
no fundo do amor, tenho-a comigo:
quando a quiseres -

(Ana Luísa Amaral, IMAGIAS")

A frase do dia

"Torna-se cada vez mais óbvio - apesar de tudo estar a ser fei-to para "abafar" o escândalo - que o caso "Casa Pia" ainda incomoda muito mais gente do que aquela que já é arguida nesse vergonhoso processo sem fim."

(Jornal "Voz das Beiras, de 22/02/06, Editorial, A. Pinto Correia)

sábado, março 11

Nome e sobrenome

Depois dessas desgraças no "post" abaixo, ainda o melhor é rir ou, pelo menos, tentar sorrir.
Não dá para mais ...

E ASSIM VAI PORTUGAL - (CHOCANTE)

Serão os políticos os únicos?

9 em cada 10 aposentados com mais de 5.000 euros mensais foram juízes!

Lista de Aposentados no ano de 2005 (Janeiro a Novembro) com pensões de luxo: visita http://www.cga.pt/publicacoes.asp?O=3

Nem tudo vai mal nesta nossa República (Pelo menos para alguns):

Com as eleições legislativas de 20/Fevereiro, metade dos 230 deputados não foram eleitos. Os que saíram regressaram às suas anteriores actividades, sem contudo saírem tristes ou cabisbaixos. Quando terminam as funções, os deputados e governantes têm o direito, por Lei (deles) a um subsídio que dizem de reintegração :

- um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleia ou governo.

Desta maneira um deputado que o tenha sido durante um ano recebe dois salários (6.898 euros). Se o tiver sido durante 10 anos, recebe vinte salários ( 68.980 euros). Feitas as contas e os deputados que saíram, o Erário Público desembolsou mais de 2.500.000 euros.

No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias ou pensões de reforma ( mesmo que não tenham 60 anos). Estas são atribuídas aos titulares de cargos políticos com mais de 12 anos.

A maioria dos outros deputados que não regressaram estiveram lá somente na última legislatura, isto é, 3 anos, o suficiente para terem recebido cerca de 20.000, euros cada .

É ESTA A CLASSE POLÍTICA QUE TEM A LATA DE PEDIR SACRIFÍCIOS AOS PORTUGUESES PARA DEBELAR A CRISE.
É BOM QUE TODOS SAIBAM COMO SE GOVERNA E QUEM NOS GOVERNA.

Infelizmente isto passa-se com todos os governos, o que é ainda mais vergonhoso e imoral.

sexta-feira, março 10

Já viram o número de visitantes?

Não, não é propaganda.

É apenas um número giro:

11111

"Pendurada"?


Sempre gostei desta imagem da NGM. Levei uma tarde toda a percorrer os anos do site, dia a dia, até chegar a ela, em Setembro de 2001. Toda a envolvência, com os seus reflexos e a vida que corre lá fora, se centra na rapariga, que exerce sobre mim um especial fascínio, divagando absorta, isolada do mundo que a rodeia.
A foto foi tirada em Londres e eu ofereceria um "penny" pelos seus pensamentos.
Teria sido deixada "pendurada" pelo namorado que não apareceu?
É bem possível, "it's very british". Estava a lembrar-me de um livro lido este Verão: "A linha de beleza", um retrato fiel da sociedade britânica, ou melhor, da alta burguesia dos tempos do "tatcherismo".

Talvez tenha terminado uma relação e esteja de "ressaca", remomerando momentos vividos, momentos de felicidade, que não voltam mais, porque a vida flui como um rio. A iniciativa teria partido dele, ou dela?

Prefiro "jogar" nesta última hipótese.

quinta-feira, março 9

Gripe das aves

Ave prevenida ...

A nudez requer um delta ou um oásis

A nudez requer um delta ou um oásis
ou a branca integridade do deserto.
E dizemos que é uma balança um barco ou uma coluna
embora todas as imagens se apaguem na brancura.

O esplendor de um corpo é sumptuoso e puro
e tem a integridade de uma surpresa nua.
Como pode a palavra cingir as voluptuosas linhas
em que o desejo dança dilacerado e ébrio?

A graciosa gravidade túmida e delicada
de um corpo que equilibra o mundo e o anula
é um doce e violento desafio
à volúvel e frágil fantasia da palavra.

(António Ramos Rosa, "As palavras")

quarta-feira, março 8

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Poema de amor e solidão

Agora que as palavras secaram
e se fez noite
entre nós dois,
agora que ambos sabemos
da irreversibilidade
do tempo perdido,
resta-nos este poema de amor e solidão.

No mais é o recalcitrar dos dias,
perseguindo-nos, impiedosos,
com relógios,
pessoas,
tardes demasiado cinzentas,
todas as coisas inevitavelmente
lógicas.

Que a nossa nem sequer foi uma história
diferente.
A originalidade estava toda na pólvora
dos obuses, no circunstanciado
afivelar
dos sorrisos à nossa volta
e no arcaísmo da viela onde fazíamos amor.

(autor: Eduardo Pitta)

Outro dos poemas considerados por Inês Pedrosa, como dos mais belos poemas de amor.

terça-feira, março 7

Último amor

Era o último amor. A casa fria,
os pés molhados no escuro chão.
Era o último amor e não sabia
esconder o rosto em tanta solidão.

Era o último amor. Quem adivinha
o sabor breve pela escuridão?
Quem oferece frutos nessa neve?
Quem rasga com ternura o que foi verão?

Era o último amor, o mais perfeito
fulgor do que viveu sem as palavras.
Era o último amor, perfil desfeito
entre lumes e vozes e passadas.

Era o último amor e não sabia
que os pés à terra nua oferecia.

(autor: Luis Filipe Castro Mendes)

Considerado por Inês Pedrosa, como dos mais belos poemas de amor.

Casou-se com cabra


Não não foi com esta. Esta é uma escultura de Picasso e parece que o mestre gostava mesmo muito do animal, a tal ponto que a imortalizou na obra que tive a oportunidade de fotografar, no Museu Picasso, em Paris.

Mas um sudanês foi obrigado a casar-se com uma cabra, depois do dono do animal o ter surpreendido a ter relações com o animal.
Alifi, o dono do caprino, levou o caso para ser apreciado por um conselho de idosos da vila onde reside e a assembleia decidiu que o indivído deveria não só pagar uma indemnização de 45 € a Alifi, como casar-se com a cabra.

segunda-feira, março 6

A Marcha do Imperador



Já por cá tinha sido falado há uns tempos. Ontem ganhou o Óscar para o Melhor Filme Documentário.

A não perder, absolutamente !

Não sei o que vi

Não sei o que vi
Nos teus olhos
Ora castanhos de mulher
Ora verdes de criança
Se o vento da paixão
Ou a brisa do desejo

Sei que me derrubam
Os teus beijos
Que me refazem
Nos gestos do teu corpo
No sorriso de mil faces
Nos teus braços
De todos os abraços
De olhos desejo paixão

Sei que me dissipo
No nada sem rumo
De estrelas no éter
Que me embriaga
Na certeza de antever
Os teus olhos
Numa qualquer janela
Castanhos ou verdes
Crianças de desejo
Mas com ventos de paixão

( Nilson - http://nimbypolis.blogspot.com/)

Consta dos n/links

domingo, março 5

O Cartão Único

O Governo de José Sócrates vai criar um cartão único para identificação dos Portugueses.

Você que tem inúmeros documentos, como B.I., NIF, Cartão de Utente,
Cartão de Eleitor, Cartão Multibanco, etc., vai ficar mais feliz com o lançamento do Cartão Único.

Este cartão vai acabar com a burocracia de uma vez por todas, dando
a cada português um cartão único (CU). Veja como o CU passará a ser útil na sua vida.

Inicialmente irá usar o CU apenas para as necessidades básicas,
mas, com o tempo, poderá vir a usufruir das variadas facilidades que o CU lhe proporcionará.

Ao requerer um empréstimo, por exemplo, é só dar o CU ao gerente do
banco que, através de uma simples consulta à central nacional do CU, disponibilizará um montante compatível com o seu CU.

Numa compra, é só dizer ao empregado: "META-ME NO CU, POR FAVOR"
e as suas compras ficarão pagas, tudo será debitado no seu CU. Mais, ao praticar um calote, deixará de ter o seu nome sujo na praça, mas sim o CU.
(Imagine que vai pedir um empréstimo ao banco e o gerente diz-lhe: "Não podemos aprovar o crédito pretendido porque o senhor tem o CU sujo...").

O seu CU servirá também como identificador numa operação da
polícia. Por exemplo, quando for mandado parar, em vez de mostrar aquele monte de documentos, basta mostrar o CU ao agente da autoridade.

O CU servirá também a causa da segurança. Um bandido saberá que
será facilmente reconhecido pelo CU, o qual poderá ser inutilizado por um período previsto na lei. Isso intimidará o larápio, porque "quem tem CU tem medo".

Também numa rusga da polícia poderá ficar prevenido esperando com o
CU na mão.

Chegou o momento de perguntar: "Será que estou preparado para usar
o CU?". Se acha que sim comece a falar do CU a toda a gente. No início vai estranhar tanta gente a pedir-lhe o CU, mas não tenha medo... Segundo José Sócrates, vai acabar por gostar de usar o CU diariamente.

*Guarde bem o CU porque vai mudar a sua vida*.

(recebido por Email)

sábado, março 4

Do amor


Julgo ser o primeiro poema que publico desta autora, já com obra dada à estampa.

Do amor falo devagar
Como quem compõe uma doce melodia
Ajustando ordenadamente as notas na pauta

Demarcada a composição
A melodia vai entoar
Dos músicos dependerá o pulsar sem desafinar

Do amor falo devagar
Como o nascer da aurora
E a chegada do ocaso.

(Maria do Ceu Costa)

O padre Esteves


Nos meus tempos de estudante, quando vinha passar férias com os meus pais, numa pequena vila alentejana, o local da cavaqueira era a farmácia do meu primo, a única da terra. Por ali passávamos as tardes de calor e, uma presença habitual, era o padre Esteves, que punha os cabelos em pé às beatas da terra, principalmente depois de ter sido apanhado de polo e calças de ganga, numa praia da linha do Estoril e, pecado dos pecados, parece que bem acompanhado.
Andava sempre de camisa desabotoada, sem usar a "coleira branca" e ninguém dava por ele ser padre. Era um tempo interessante, em que nós aos Domingos iamos à saída da missa ver as raparigas e eu, todos os anos ia à Missa do Galo, antes da consoada em casa dos meus pais. Ia uma vez por ano à missa, a do padre Esteves, que era sempre um espectáculo. Despachava o serviço o mais rapidamente possível e não estava com grandes cerimónias. Uma vez parou a missa e todos ficaram a olhar uns para os outros. Então ele, com o seu vozeirão disse:
- Estou à espera que se calem para poder continuar.

Nesse tempo, eram os grandes latifundiários que por vezes se substituiam ao Estado na construção de infra-estruturas para fornecimento de água e luz às pequenas povoações onde moravam.

Lembro-me dele ter contado, como sendo verídica, a história dum almoço a que assistiu, numa dessas terreolas, comemorativo da inauguração da energia eléctrica, só possível com a contribuição financeira dos "grandes" da terra. Discutiu-se muito se se havia de se convidar o sr Joaquim, um dos mais ricos e também um dos mais "calinos". Mas, é claro, tinha mesmo que ser e o sr Joaquim ficou sentado entre a mulher do presidente da Câmara e a do Governador Civil, mas com ordens expressas para não abrir a boca.
E assim foi. “Moita carrasco”. A mulher do Governador, mais evoluída, bem se metia com ele, mas ele nada, até que por fim disse:
- Estou a ver que o sr Joaquim não fala connosco por não nos achar suficientemente interessantes.

Então o sr Joaquim, sentindo-se ferido no seu orgulho masculino, “desarrincou-se” com esta:
- Oh minhas senhoras, eu até era capaz de ir para a cama com as senhoras.

Silêncio absoluto. O Arcebispo ficou mais vermelho que as vestes de púrpura.

O sr Joaquim, vendo que metera "a pata na poça", não se atrapalhou e, erguendo os braços, disse alto e bom som:
- Pagando, claro, pagando!

O padre Esteves, jurava ter sido verdade, mas como ele gostava muito de jogar poker connosco, não sei, não ...

sexta-feira, março 3

Multiversos: existem outros Universos?


“Existem cópias quase exactas de nós noutros universos? Se uma ou mais das hipóteses de multiversos ( conjunto de universos paralelos ) estiverem correctas, é muito provável.
Na ilustração acima, simulada num computador, os universos independentes são mostrados como círculos ou esferas independentes. As esferas podem eventualmente estar desligadas de todas as restantes esferas, o que significa que nenhuma comunicação pode passar entre elas. Algumas esferas podem conter universos diferentes do nosso universo, se tiverem leis físicas diferentes.

O olho humano pode imaginar a possibilidade de algumas hipóteses de multiversos poderem existir, recriando-os na mente, o que é difícil de testar, pelo que essas hipóteses são encaradas como divertimento, levando-nos a especular sobre essa possibilidade, mas sem que as mesmas tenham qualquer valor científico.” (Illustration Credit & Copyright: Clifford Pickover)

Acaso ou necessidade? Ambas as alternativas são possíveis:
- ou o homem surgiu num Universo desprovido de sentido e que lhe é completamente indiferente;
- ou a sua vinda foi programada desde o princípio, a fim de que ele desse sentido ao Universo, compreendendo-o.

Na hipótese do “acaso”, a regulamentação extremamente precisa das leis físicas e das condições iniciais para que a consciência emergisse, explica-se pela existência de uma multiplicidade de “universos paralelos”, os quais encerram todas as combinações possíveis de leis físicas e condições iniciais.

A mecânica quântica admite a existência desses universos paralelos; de cada vez que há uma escolha ou decisão, o Universo divide-se.

Há um cenário de “universos paralelos”, que me é particularmente caro: foi o avançado pelo físico russo Andrei Linde, que propôs um modelo de Big Bang, no qual o nosso universo seria apenas uma pequeníssima “bolha”, entre inúmeras outras situadas no seio do UNIVERSO, infinito e intemporal.

Se aceitarmos a hipótese de “um único universo”, O NOSSO, temos de postular a existência de uma “Causa Primeira” ( e cá temos o recurso à intuição mística ou religiosa, mesmo que informada e esclarecida pelas descobertas da ciência moderna ) que regulou simultaneamente as leis físicas e as condições iniciais para que o Universo tomasse consciência de si próprio.

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quinta-feira, março 2

O bar na selva

No meio da selva, com um calor terrível, o único bar existente tem uma fila de quilómetros.
Um coelho passa a correr ao lado da fila mas, ao chegar ao lado do leão, leva uma patada e o leão diz-lhe:
- Vai para o fim da fila !!!
O coelho passa ao lado do leão e continua a correr para a frente da fila.
Passa pelo tigre e este dá-lhe outra patada e manda-o para o fim da fila.
A cena repete-se com o crocodilo, e com mais alguns animais... O coelho, já farto de levar patadas e de ser mandado para o fim da fila, grita-lhes então:
- Se vocês continuam com estas cenas não abro a merda do bar!!!

INTELIGÊNCIAS

quarta-feira, março 1

O Peso do ser

[A insuportável leveza do ser ou o insustentável peso do ser?!]
Entre um trago agridoce de café o fumo espiralado do cigarro evoluindo no sentido ascendente, perdendo-se na ilusão do limite pairando porém poucos centímetros acima das nossas cabeças, a sombra estilizada de demências e o constatar do aroma nauseabundo de conceitos absurdos, obscenamente absurdos, detém-se o olhar parado e vítreo do homem. Nada incomoda mais do que o simples pensamento de um olhar sem ver.
O passear nervosamente entre a mesa de trabalho, a máquina de café e a mesa coberta por um pano escuro, tão escuro quanto a solidão de um início de noite em que a única possibilidade de diversão é o agarrar no trabalho. Nele se esquecem as desarmonias. Trabalho é esquecimento.
Teimosamente uma mosca circunda o espaço deixando um leve zunir irritante. Apetece despedaçá-la contra a vidraça que também ela se estilhaçaria em milhões de partículas vítreas. São esses pedaços estilhaçados que tento reunir de forma a formar O SER, O TODO.
Alguma vez algum de nós se poderá considerar completo?!
O balouçar à beira do poço desafinado gravidade que atrai inexoravelmente corpos para o seu interior enquanto a mente tenta fazer um exercício de raciocínio entre o mergulho ou uma vida de servilismo: a eterna luta entre a razão/emoção.
Ouvi-te sorrir cansada. O balão.O balão agora oxigénio comprimido mais leve que o ar, mais leve do que tudo a servir de analogia entre um silêncio desesperado e a certeza de um amor encontrado que se espraia em plenitude preenchendo todos os espaços interiores de tal forma que ameaçam rebentar e espalharem-se em apoteótica alegria partilhada.
Ao longe, já muito ao longe a certeza de que um Oceano não seria entrave ao encontro.
As pálpebras semicerram-se…
Ainda na penumbra os contornos labiares o nariz aquilino e esguio os mamilos erectos.O toque. A posse.A entrega.A partilha.
O cigarro devora-se a si mesmo. A espiral de fumo leva o insustentável peso do ser e todas as solidões.Apenas a noite e o sonho…