sábado, outubro 31

Nada aprenderam


“A presente crise económica internacional teve origem em desvarios cometidos no sector financeiro. Na ânsia de um ganho rápido e chorudo, muitos gestores financeiros mostraram enorme imprudência na aplicação do dinheiro alheio. Por isso se disse, com razão, que na raiz da crise estiveram sobretudo falhas éticas.

Esperava-se que o susto e os prejuízos provocados pela crise levassem a mudar comportamentos e mentalidades. Infelizmente, não é isso que parece estar a acontecer. Com o regresso de alguns indicadores positivos, voltaram também os bónus e os salários mirabolantes, as indemnizações astronómicas pelas saídas, a falta de sensibilidade face aos que vivem mal.

Mesmo bancos salvos pela injecção de dinheiros do Estado estão a remunerar principescamente os seus altos funcionários. E o Citigroup e o Bank of America, por exemplo, pagam bónus extravagantes aos gestores, embora tenham dado prejuízo aos accionistas.
Aliás, os gestores dos dez maiores bancos de investimento receberam quatro vezes mais do que os accionistas lucraram em dividendos. Nada aprenderam.”

(Francisco Sarsfield Cabral, Jornalista, in “Página 1” de 30/10/09)

Afinal Presidente Obama, como é? Uma coisa que me chateia é ser enganado e vir para aqui enganar os outros.

sexta-feira, outubro 30

Vacina contra a gripe A

A vacina Pandemrix contra a gripe H1N1, do laboratório britânico GlaxoSmithKline e que foi adoptada para Portugal, não vai poder ser utilizada na Suiça em mulheres grávidas, nos menores de 18 anos e nos adultos com mais de 60 anos, anunciou a autoridade suíça de regulação dos medicamentos, Swissmedic. A incerteza foi provocada pelo medicamento coadjuvante AS03 utilizado para a vacina da GlaxoSmithKlin. "Os dados actuais referem-se fundamentalmente aos adultos, mas não existe nenhum dado para as mulheres grávidas e os relativos a crianças são insuficientes", afirma a Swissmedic em comunicado.

A GlaxoSmithKline eliminou do seu site nacional todas as referências à vacina da gripe A. Se alguém quiser informar-se sobre a vacina Pandemrix directamente na página da Internet do gigante farmacêutico já não o poderá fazer. O mesmo acontece se desejar esclarecer-se sobre se as substâncias polémicas - tiomersal e escaleno - estão na composição do produto, apesar de até esta segunda-feira tal ter sido possível.

Ou seja, é impossível aceder, como acontecia, à composição da vacina que as autoridades dos EUA recusaram por conter o adjuvante escaleno e o derivado do mercúrio, tiomersal, alegadamente, por danos no sistema nervoso e toxicidade.

A GlaxoSmithKline divulgou no dia 23 que os testes da Pandemrix estão em curso em vários países europeus e que mais de 98% dos resultados obedecem aos critérios que permitiram o licenciamento. A mesma nota informa que decorrem em Espanha os testes pediátricos em 200 bebés, entre os 6 e os 36 meses, para conferir a sua tolerância. Portugal não está incluído no programa de teste da farmacêutica, que envolve 9000 pessoas, por incapacidade de resposta ao programa, dada a urgência em pôr a vacina no mercado.

(dos jornais)

O que vamos fazer? Vamos acreditar em quem? No nosso médico de família (se o tivermos)? E se ele for dos que não querem ser vacinados, vai aconselhar-nos a fazê-lo, ou deixa isso ao nosso livre arbítrio?

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quinta-feira, outubro 29

Liberalidades

Os deputados do Reino Unido:
1 . não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2 . não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias);
4 . pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo e qualquer trabalhador;
5 . não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento;
6 . o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição pública.

A propósito, sabiam que, em Portugal, os funcionários não deputados que trabalham na Assembleia têm um subsidio equivalente a 80 % do seu vencimento? Isto é, se cá fora ganhassem 1000,00 EUR lá dentro ganham 1800,00 EU . Porquê? Profissão de desgaste rápido? E por que é que os jornais não falam disto?

Espero que seja verdade, pois recebi-o por e-mail. Mas não estou a condenar, nem a criticar estes servidores do Povo. Longe de mim tal ideia…

A promessa de Barack Obama de maior transparência, justiça e emprego para todos começou a ganhar forma no seu primeiro dia como presidente dos Estados Unidos. Passando da teoria à prática, Obama chegou à Casa Branca e comunicou que ia congelar os salários de cerca de 100 colaboradores com um salário superior a 100.000 dólares por ano e reduzir para metade os"salários" dos executivos de todas empresas que o governo estava a ajudar"

Pois, mas Obama, os “malvados” EUA e os seus amigos israelitas, os coitados dos palestinianos, o Afeganistão com os seus talibãs que “tratam tão bem as mulheres”, os “queridos” fundamentalistas islâmicos…

Certos banqueiros portugueses são contra a intervenção do Estado na política salarial do sector. Fernando Ulrich, presidente do BPI, Horácio Roque do Banif ou José Maria Ricciardi, administrador do BES são alguns dos banqueiros ouvidos pelo "i" que estão contra a eventualidade de o Estado, por via dos reguladores do sector, impor regras para limitar os prémios e os bónus de desempenho pagos na banca.

Pois, mas é o “i” que o diz e a nossa situação económica permite liberalidades que não estão ao alcance nem da Inglaterra, nem dos EUA.

terça-feira, outubro 27

É só burrice

Os comerciantes vão passar a poder cobrar uma taxa aos clientes sobre cada pagamento com cartões efectuado nas suas lojas. Bruxelas já autorizou e tal autorização será publicada no DR em 01 NOV. Para os consumidores, será um custo acrescido na hora de pagar, ou um convite a andar com mais dinheiro na carteira. Como ninguém anda com muito dinheiro, com risco de ser roubado, está-se mesmo a ver que os prejudicados são os comerciantes, que deixam de vender produtos caros que o cliente vê e gosta, mas não compra por não trazer suficiente dinheiro. A não ser que essa taxa seja mínima e fixa, independente do preço do produto.

E como se vão fazer as compras do mês nos Hipers? “Olhe, espere aí um bocadinho, que eu vou ali ao Multibanco levantar dinheiro”. Mas será mais provável, uma vez que a maior parte já só compra a crédito, procurar gastar o menos possível e pagar mesmo a taxa. É claro que isto não é mais do que legalizar o que os comerciantes já fazem: incluir no preço de venda a comissão a pagar ao emissor dos cartões.

E depois vêm para aí os entendidos gritar que os portugueses estão a retrair-se nas compras, que os saldos e as promoções não os atraem, que a inflação desce, que corremos o perigo de deflação, patati-patatá…

Acresce que incentivar o uso de dinheiro em detrimento dos cartões é um convite à fraude fiscal, uma vez que é mais fácil esconder receitas que não passam por um registo bancário.

segunda-feira, outubro 26

Ingleses e ingleses

Há uns anos comprei um apartamento num condomínio algarvio. Não é um condomínio de luxo , mas tem guarda permanente, é espaçoso, onze blocos de 2 e 4 andares, uns maiores que outros, amplos espaços verdes, piscina e acesso directo à praia, é só descer as escadas.
Muitos apartamentos foram comprados por emigrantes e outros por pessoas que fazem deles fonte de rendimento. Para isso cedem-nos a duas empresas que se encarregam dos arrendar.
E assim, semanalmente vinham camionetas com ingleses, hóspedes indesejáveis que passavam 24 sobre 24 h bebendo cerveja, não se coibindo de atirar as garrafas vazias pelas varandas, assim como beatas que iam cair nas varandas dos donos e usuários de outros apartamentos, como é o meu caso.

Felizmente que isso há cerca de 2 anos acabou, sendo substituídos por portugueses, italianos e, cada vez mais espanhóis. E ainda bem que acabou, pois não tenho razão de queixa dos novos hóspedes.

Por acaso, tenho uma filha que é professora do secundário nessa terra, assim como o meu genro e calhando em conversa e porque na zona existem bastantes residentes ingleses e alemães, perguntei-lhe se os filhos destes últimos eram sociáveis. Disseram-me que sim, os ingleses é que faziam grupinhos à parte e só utilizavam a sua língua. Faz-me lembrar aquele treinador inglês, infelizmente já falecido, que por cá andou, assim como por Espanha e que nunca aprendeu a falar português.

Isto vem a propósito do quê?

Vem a propósito da campanha promovida pelos pais da menina desaparecida na praia da Luz e que os adeptos do Everton personificaram quando cá vieram jogar contra o Benfica e foram aviados com 5 secos, regressando com o rabinho entre as pernas, o que, mesmo não sendo “lampeão”, me deu muito gozo.

Claro que não vou discutir o assunto. Isso pertenceu à PJ largamente contestada pelos adeptos ingleses, todos de copo de cerveja na mão. Como lá em Inglaterra só têm um prazo limitado para diariamente o fazerem, pois os “pubs” fecham, aqui desforram-se. Sendo português é-me desagradável ouvir tais comentários, até porque se fosse eu a fazê-los lá na terra deles, ia logo “dentro”.

Existe um fundo milionário: “Find Maddie”, que tem esse objectivo. Logo, se a menina estiver morta (e desejo sinceramente que não) e tal for dado como provado, o Fundo acaba, portanto há que manter a esperança, até porque os pais, sentimental e compreensivelmente, a mantêm .
Mas eu interrogo-me a mim mesmo: como é que um raptor leva uma menina para adopção, ou para outros fins menos confessáveis, que tem um sinal na vista, que a torna facilmente identificável?

sábado, outubro 24

Alegoria da Gestão [no reino animal]

E porque não cá, neste “país à beira mal plantado”, mas que não tem sido “regado” convenientemente?

Entram e saem “jardineiros” e está cada vez pior …


“Todos os dias, a formiga chegava cedinho à oficina e desatava a trabalhar. Produzia e era feliz.
O gerente, o leão, estranhou que a formiga trabalhasse sem supervisão.
Se ela produzia tanto sem supervisão, melhor seria supervisionada ...E contratou uma barata, que tinha muita experiência como supervisora e fazia belíssimos relatórios.
A primeira preocupação da barata foi a de estabelecer um horário para entrada e saída da formiga.
De seguida, a barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e contratou uma aranha que além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas.
O leão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com índices de produção e análise de tendências, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito.
Foi então que a barata comprou um computador e uma impressora laser e admitiu a mosca para gerir o departamento de informática.
A formiga de produtiva e feliz, passou a lamentar-se com todo aquele universo de papéis e reuniões que lhe consumiam o tempo!
O leão concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga operária, trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete.
A nova gestora, a cigarra, precisou ainda de computador e de uma assistente (que trouxe do seu anterior emprego) para ajudá-la na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalho e no controlo do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se mostrava mais enfadada.
Foi nessa altura que a cigarra, convenceu o gerente, o leão, da necessidade de fazer um estudo climático do ambiente.
Ao considerar as disponibilidades, o leão deu-se conta de que a unidade em que a formiga trabalhava já não rendia como antes; e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse soluções.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes que concluía: "há muita gente nesta empresa".
Adivinhem quem o leão começou por despedir?
A formiga, claro, porque «andava muito desmotivada e aborrecida».”

NOTA:
Esta já tem “barbas” mas é capaz de ser actual, numa altura em que tanto se fala de “produtividade”, “reorganização”, “reclassificação”, etc

sexta-feira, outubro 23

O novo Governo

Uma das escolhas mais surpreendentes foi a de Augusto Santos Silva para a Defesa Nacional e várias vozes críticas – ou cépticas – têm sido escutadas.
O social-democrata Ângelo Correia, por exemplo, considera a nomeação de Santos Silva “uma afronta aos militares”, mas um militar - o General Loureiro dos Santos – fez, na Renascença, uma leitura diferente.
O general destaca o peso político que Santos Silva tem no seio do Governo, facto que “é uma mais-valia para um ministério”. Loureiro dos Santos sublinha também o facto de ser “uma pessoa determinada, capaz de se bater por aquilo que é necessário fazer”.
Mas o general são “águas passadas”…

Quanto ao inefável Alberto João Jardim, diz:

- “Com Augusto Santos Silva, a Esquadra vai ao fundo”

RAG

Alto nível



- O Canadiano.........., típico distraído e inocente.
- O Norte Americano......, empreendedor a olhar para o horizonte, sem se distrair.
- O Francês e o Italiano, interessados nos papeis que a jovem apanha (será?).

(enviado pela “bluegift”)

quinta-feira, outubro 22

Um governo em campanha

“Um governo minoritário tem sempre no horizonte a possibilidade de cair e de se realizarem eleições antecipadas. Tal perspectiva convém mais ao PS do que aos partidos da oposição. É que estes temem que, havendo eleições daqui a algum tempo, o voto útil jogue a favor de uma maioria absoluta do PS. Por isso os partidos da oposição ao Governo PS serão os primeiros interessados em que este não caia, o que dificulta a sua tarefa oposicionista.
Como o PS tem sempre presente a hipótese de eleições antecipadas, provavelmente governará a pensar nelas – ou seja, preparando a vitória numa votação popular que pode surgir a qualquer momento. Ora isto é perigoso para o país. Não apenas induz o Governo a evitar reformas susceptíveis de tirarem votos, como poderá levar a despesas eleitoralistas que dêem cabo das nossas já abaladas finanças públicas.
É este o grande risco de uma governação sem maioria absoluta no Parlamento. Apenas será evitado se Sócrates der mostras de um sentido de Estado a que não estamos habituados. Caso contrário, teremos já entrado em campanha eleitoral.”

(Francisco Sarsfi eld Cabral, in “Página 1”, 21/10/09)

quarta-feira, outubro 21

Izmailov um exemplo a seguir


Notícia o jornal “Record” de hoje, que Marat Izmailov, o camisola 7 do Sporting que se encontra a recuperar de uma intervenção cirúrgica ao joelho direito, realizada em 20 JUL para debelar uma lesão contraída ao serviço dos leões na época passada, está determinado a abdicar dos seus vencimentos referentes aos meses de Agosto, Setembro e Outubro.

A pretensão do internacional russo é vista pelos responsáveis leoninos como mais um excelente exemplo do profissionalismo e integridade do camisola 7. Contudo, o clube pretende honrar os seus compromissos e já fez sentir essa realidade a Izmailov.

Abro a boca de espanto!

“Senadores”

“Como é possível que, nos dias de hoje, com a reputação dos políticos na rua da amargura, haja alguém que não faça pelo menos o tempo de cerimónia antes de renunciar a um mandato de deputado para que nem sequer chegou a tomar posse?
A resposta seria naturalmente: não é possível. Mas foi. E o seu autor, que consegue sempre surpreender, chama-se João de Deus Pinheiro, que, como é sabido, nunca foi dado a “chatices” políticas.
Em tempos idos, ele bem se tentou queixar da imprensa por lhe ter dado a fama de “bon vivant”.
Pelos vistos, nesta sua breve reaparição na política activa, o ex-ministro e ex-comissário europeu não quis deixar os seus créditos por mãos alheias.
Mas o pior de tudo não são as acções destes pseudopolíticos da nossa praça. O que torna os seus actos lesivos para todos nós é o facto de a imprensa ser conivente com estes personagens.
A verdade é que, quando precisa de um bom título ou de frases fortes para vender notícias, João de Deus Pinheiro e outros como ele são rapidamente elevados à categoria de senadores políticos, prontos a dar conselhos e lições de moral à “ralé”.
Correndo o risco de passar por censora, arrisco o conselho: Jornalistas, por favor, não dêem palco a quem tão pouco respeito demonstra pela democracia.”

(Raquel Abecasis, in “Página 1” de 19/10/09)

segunda-feira, outubro 19

O problema mais importante do País

“Um desafio para passar do diálogo à prática. Foi desta forma que José Manuel Pureza, líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), classificou o diploma entregue sexta no Parlamento e que visa legalizar os casamentos homossexuais.”

Claro que é um desafio para testar o Governo PS porque não é, de modo algum, o problema prioritário com que o País se debate. Ainda ontem vi na TV uma família, homem, mulher e três filhos, que vivem numa furgoneta abandonada. Tomam banho atrás de uma placa de tabopan, o pai ou a mãe despejando garrafões por cima, com água que vão buscar à estação de serviço próxima, onde também vão fazer as suas necessidades fisiológicas. O homem dorme na viatura e a mulher e os três filhos vão fazê-lo num quarto de um senhor que vive num T1 e que tem a filha a trabalhar na Suíça, mas quando ela vier, têm de sair e assim se vão ajudando, esquecidos da Câmara e da Misericórdia e de todos, que deviam ajudar e não ajudam. Chama-se a isto solidariedade social, onde todos se procuram ajudar mutuamente. Comoveu-me o miúdo mais velho, que anda na Escola no 1º Ciclo, dizer que se envergonhava que os colegas de turma soubessem onde vivia.

Onde vive o sr deputado José Manuel Pureza?

Não sou contra o casamento dos homossexuais, se querem casar, que casem. Se querem alterar o Código Civil, que alterem. Não chateiem!

sábado, outubro 17

3 dias em Moscovo – Catedral de S. Basílio

Vida caríssima, principalmente a comida, mas tudo é caro, muito caro. Carros topo de gama por todo o lado, as melhores marcas italianas, inglesas e alemãs, sobretudo de cor preta. O hotel tinha um Bentley à disposição dos hóspedes para alugar, mas se quisesse um Ferrari, ou um Rolls Royce, era só dizer.
Muito desconfiados, viram e reviram os passaportes, revistam as pessoas, paga-se para entrar em museus, igrejas e monumentos, com um suplemento para tirar fotos, não em todo lado, nalguns locais são proibidas.
Não sei como os moscovitas se aguentam com aqueles preços.


A Catedral de S. Basílio foi encomendada por Ivan o Terrível para celebrar a tomada do reduto mongol de Kazan em 1552 e foi terminada em 1561. O projecto é atribuído ao arquitecto Postnik Yakovlev.
A Capela de S. Basílio é a mais pequena, à esquerda e foi a nona acrescentada à Catedral. Foi construída em 1558 para receber os restos mortais do “santo tolo”, Basílio o Abençoado.
Segundo a lenda, Ivan ficou tão maravilhado com a beleza da obra que mandou cegar o arquitecto para que jamais voltasse a desenhar algo tão belo.

(Foto Peter)

sexta-feira, outubro 16

Justiça não consegue condenar poderosos


O Observatório Permanente da Justiça (OPJ) concluiu a avaliação da reforma das leis penais, de 2007, e avança finalmente com propostas concretas para alterar os prazos de inquérito, o regime da detenção fora de flagrante delito e da prisão preventiva – medidas exigidas pelo Ministério Público (MP) e pelos órgãos de Polícia Criminal.

No relatório complementar de monitorização da reforma penal, já entregue ao ministro Alberto Costa, o Observatório vai além das propostas de alterações "cirúrgicas" e faz uma crítica global ao sistema de Justiça, desafiando os poderes político e judicial a assumirem um compromisso, que deve ter como desafio central o combate à criminalidade grave e à corrupção. "Até agora a justiça portuguesa não conseguiu que um único caso de criminalidade económico--financeiro grave, que envolvesse pessoas poderosas, tivesse chegado ao fim com uma condenação transitada em julgado", lê-se no documento, que alerta para os "constrangimentos" criados pelas novas leis nas investigações complexas.

O organismo dirigido por Boaventura Sousa Santos concluiu ser necessário aumentar os prazos dos inquéritos, alargar a possibilidade da detenção fora de flagrante delito nas situações em que haja perigo de continuidade da actividade criminosa e o alargamento da possibilidade de aplicação da prisão preventiva, sobretudo em caso de crime de furto qualificado. O Observatório diz ainda ser fundamental melhorar os sistemas informáticos e dotar o MP de meios humanos e tecnológicos.

quinta-feira, outubro 15

E agora Sócrates?

Como todos sabem, o PS ganhou as Legislativas, o PR ouviu os Partidos e indigitou Sócrates para formar novo Governo. As condições em que irá governar novamente o país são diferentes, assim como será o Governo a empossar. Terá de governar em minoria e dos ministros apenas conservará, ao que parece e com o que penso todos concordarem, o das Finanças, da Saúde e dos Negócios Estrangeiros. A situação em que se encontra o país exige que lhe concedamos o “benefício da dúvida”.

A solução passa por negociar um acordo com algum partido, ou optar por acordos de incidência parlamentar. MFL exclui qualquer possibilidade de entendimentos com o PS, enquanto Marcelo entende que a oposição deve viabilizar o programa e orçamento do Governo para evitar uma crise governativa. Teremos de esperar por aquilo que ficar decidido no próximo congresso do PSD. Com a previsível saída de MFL as coisas ficarão mais facilitadas. Penso que tal solução não contará com o apoio de Roseta e de Alegre, que têm um número considerável de apoiantes, sobretudo os mais jovens, que prefeririam o BE ao PSD. Mas Louçã já disse ser o PS o seu inimigo, o que nada significa, pois em política (como no futebol) “o que é verdade hoje, pode não o ser amanhã”.

Resta a solução PP, talvez mais acessível, pois para este garante a sua sobrevivência, mas que não contará com o apoio dos notáveis do PS, pelo que Sócrates não deverá querer comprometer-se e deverá optar por negociar acordos de incidência parlamentar com este Partido.

Aguardemos…

terça-feira, outubro 13

Maitê Proença

Mas quem é esta que anda por aí a dizer “bacoradas” sobre Portugal?

http://www.youtube.com/watch?v=1GCAnuZD7bk

Esperamos que os nossos amigos brasileiros que por cá laboram honestamente, manifestem a sua indignação.

E quanto à Globo que emitiu este programa de baixíssimo nível, não há medidas retaliatórias?

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Xutos vencem prémio da MTV


Os Xutos & Pontapés venceram o prémio de melhor grupo português atribuído pela MTV Portugal e são candidatos ao galardão europeu “Best European Act”, cujo vencedor é conhecido a 5 de Novembro em Berlim.
A banda, que está a celebrar trinta anos de carreira, venceu hoje o prémio da MTV Portugal, superando os Buraka Som Sistema, vencedores em 2008, David Fonseca, Os Pontos Negros e X-Wife, que também eram candidatos.
O “Best Portuguese Act” é um prémio atribuído pela MTV Portugal, que distingue o melhor artista nacional ao longo do último ano. O vencedor foi escolhido pelos espectadores da MTV, numa votação que decorreu pela Internet, no site da MTV Portugal.
O grupo editou um álbum de originais que é já disco de platina. A 27 de Setembro, actuou no Estádio do Restelo, em Lisboa, no final de uma digressão comemorativa de carreira.
Os Xutos integram agora uma outra categoria, a de melhor grupo europeu, com outros 21 artistas, de outros tantos canais nacionais da MTV.
O vencedor desta categoria será conhecido a 5 de Novembro, na cerimónia de entrega dos Prémios Europeus de Música da MTV, em Berlim.

E lembrar-me eu dos tempos em que o Zé Pedro ensaiava aqui, no prédio em frente ao meu, na garagem do pai. Quem me havia de dizer que ele chegou até onde chegou?

segunda-feira, outubro 12

Eleições autárquicas 2009

“Em Portugal, as autarquias locais têm, desde 1976, dignidade constitucional. Segundo a lei fundamental, a organização democrática do Estado compreende a existência de autarquias locais, sendo estas pessoas colectivas de população e território dotadas de órgãos representativos que visam a prossecução dos interesses próprios, comuns e específicos das respectivas populações.
No continente, as autarquias locais são as freguesias, os municípios e as regiões administrativas, estas últimas ainda por instituir. Actualmente, existem, em Portugal, 308 municípios, dos quais 278 no continente e 30 nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. O País comporta ainda 4 251 freguesias, das quais, 4 047 no território continental e 204 nos territórios insulares.”

Os resultados das eleições de ontem já todos os conhecem e são fundamentalmente mérito dos autarcas e não dos Partidos, embora estes venham reclamar a sua “paternidade”.

Como lisboeta, fiquei satisfeito com a vitória de António Costa, embora haja dois assuntos com que não concordo:
- A remodulação, remodulação e remodulação do Terreiro do Paço, que nunca mais acaba e cada vez fica pior do que estava.
- O encerramento do Aeroporto de Lisboa.

No duelo PSD/PS, o primeiro ganha no número de Câmaras, embora com o auxílio do PP, mas perde 20 para o PS.

O PCP perde 4 Câmaras e uma delas (Beja) um bastião tradicional e o resto são cantigas. É como o Sporting, domina o jogo, mas não marca golos, e quem não marca, ou empata, ou perde.

Dos cidadãos que concorreram como independentes, fiquei satisfeito com a derrota de Fátima Felgueiras, mas já não fiquei com a vitória de Valentim Loureiro, quanto ao Isaltino, se eu morasse em Oeiras, também votava nele, os autarcas que vivem lá é que sabem e a prová-lo, há 7 Câmaras ganhas por independentes, mas disso ninguém fala.

Relativamente às Legislativas, Paulo Portas e Francisco Louçã moderaram os seus discursos triunfalistas, este último então, se houvesse um buraco, metia-se pelo chão abaixo: perder o seu único deputado na CML. Mas também a figura de Luís Fazenda não era de molde a suscitar simpatias, ainda se fosse a Ana Drago…

sexta-feira, outubro 9

Barack Obama – Prémio Nobel da Paz 2009


O Comité Nobel atribuiu, hoje, o Prémio Nobel da Paz ao Presidente norte-americano, Barack Obama, justificando a distinção “pelos seus extraordinários esforços para o fortalecimento da diplomacia internacional e da cooperação entre os povos”. “O Comité deu muita importância à visão e aos esforços de Obama no sentido de um mundo sem armas nucleares”, declarou o presidente do Comité Nobel norueguês, Thorbjoern Jagland.
Como Presidente, Barack Obama “criou um novo clima na política internacional”, lê-se na citação da atribuição do prémio. Com ele, “a diplomacia multilateral voltou a ganhar uma posição central, com ênfase no papel que as Nações Unidas e outras instituições internacionais podem desempenhar”.
Além disso, devido à sua influência, “o diálogo e as negociações são preferidas como instrumentos para a resolução mesmo dos mais difíceis conflitos internacionais”, sendo que “a visão de um mundo livre de armas nucleares estimulou poderosamente as negociações de controlo de armas”. Graças à iniciativa de Obama, “os Estados Unidos estão agora a desempenhar um papel mais construtivo na abordagem dos grandes desafios das alterações climáticas que o mundo enfrenta” e “a democracia e os direitos humanos serão reforçados”.
“Só muito raramente uma pessoa capturou como Obama a atenção do mundo e deu esperança ao seu povo num futuro melhor”, lê-se ainda na citação.

O antigo Presidente da República, Mário Soares, considerou “absolutamente merecida” a atribuição do Prémio Nobel da Paz a Barack Obama, que considerou “talvez a maior figura moral” da actualidade. Soares entende que este prémio valoriza a transformação da política externa dos Estados Unidos operada por Obama, salientando o que diz ser a coragem do Comité Nobel.

Prémio Nobel da Literatura


Herta Müller, 56 anos, alemã de origem romena, é Nobel da Literatura. “O Homem é um Grande Faisão Sobre a Terra”, edição da Cotovia, e “A Terra das Ameixas Verdes”, da Difel, são as obras da autora editadas no nosso país. Mais uma ilustre desconhecida a ganhar o Nobel.

Nunca ouvira falar nela e as suas obras editadas em português nos anos 90, não foram reeditadas. Vão sê-lo agora. Aliás é para isso que o Nobel também serve, para vender livros que de outro modo não se venderiam. Um grupo de intelectuais reúne para escolher um livro para outros intelectuais lerem e que o grande público compra para ter na sua biblioteca, mas que não lê. Compra por curiosidade, por ser um Nobel e portanto é “de bom tom” tê-lo para os amigos verem quando vão lá a casa.

A laureada escreve sobre as dificuldades em viver na Roménia sob o comunismo e, por isso Ceaucesco impediu-a de publicar. São as “amplas liberdades”…
Como a sua obra é quase totalmente dedicada à denúncia das atrocidades do comunismo, o nosso “complexo de esquerda” não lhe vai proporcionar grande sucesso em Portugal.
Já estou a ver o Louçã e o Jerónimo virem para aí berrar, talvez mais este, que o Saramago é que é bom.

quinta-feira, outubro 8

Devolver o cartão de crédito para não cair em tentações

"Por não conseguirem pagar as prestações, ou para não caírem na tentação de os usar, há cada vez mais pessoas a devolver cartões de crédito. Em Setembro, havia menos 60 mil cartões de crédito e de débito (os chamados Multibanco) activos em Portugal do que no mesmo mês do ano passado. A quebra é tanto mais expressiva quanto se sabe que, tradicionalmente, o número de cartões subia a cada ano que passava. E confirma o testemunho de três fontes bancárias ouvidas pelo JN, segundo as quais é cada vez maior o número de pessoas que tomam a iniciativa de devolver os cartões de crédito ao banco.

"Há cada vez mais pessoas a devolver os cartões de crédito - e até de débito - por não conseguirem fazer face às prestações mensais", referiu uma fonte de um dos maiores bancos privados em Portugal. "É um fenómeno que verificamos todos os dias e que está em crescendo", acrescentou.

"É verdade", assinalou outra fonte bancária. "Há cada vez mais casos de má utilização do crédito associado ao cartão. Mas a novidade é que também há muitas pessoas a devolvê-los, para evitarem a tentação de os usar".

A questão está "na forma como se usa o cartão", acrescentou uma terceira fonte bancária. "Se as pessoas pagarem , ao final do mês, a totalidade do que gastaram, não há problema. A verdade é que isso acontece cada vez menos. E ninguém pensa nos 26% ou 29% de juros cobrados, caso o pagamento não seja feito na íntegra", disse.

Além disso, os bancos estão também a reclamar a devolução dos cartões de crédito, por incumprimento, e a baixar "drasticamente" o "plafond" concedido. "Antes, dávamos com facilidade 5 mil euros, ou mais, de crédito associado ao cartão. Agora, vai tudo corrido com 500 euros. Depois, em função do comportamento do cliente, logo se vê se há condições para aumentar o 'plafond'", disse uma das fontes."

(Alexandra Figueira e Paulo Ferreira, com Catarina Craveiro, Jornal de Notícias, 2009-10-08)

Quanto a mim, há aqui dois aspectos a salientar:
1 - O incentivo ao consumo promovido pelos bancos, e que levou a banca mundial ao estado em que se encontra: "antes dávamos com facilidade 5 mil euros, ou mais, de crédito associado ao cartão".
2 - As pessoas não pensarem que, se não pagarem na íntegra no final do mês, o banco vai cobrar-lhe 26 ou 29% de juros.

quarta-feira, outubro 7

O cerco

Chega-se a uma altura da vida, quem lá chega, em que nos sentimos cercados. Passamos o tempo em funerais de amigos, de familiares nossos e desses amigos, de vizinhos, de conhecidos com quem se tem alguma intimidade, de colegas de curso ou de emprego e respectivos familiares e isto, quando se é casado, é a multiplicar por dois.
E nós, eu, sinto-me ameaçado pela proximidade da morte com a qual estou a contactar semanalmente uma ou mais vezes por semana. São períodos…
É um facto omnipresente que nos espera, que nos espreita, que procuramos ignorar mas não conseguimos.

O fim de semana passado estive no Algarve e em conversa sobre os que partiram, um amigo que eu já não via há anos, disse-me pura e simplesmente que não ia a funerais. Varre-se o lixo para debaixo do tapete…

O pior é que eles também vêm povoar os nossos sonhos e, quando se trata de amores antigos, por vezes sentimos ao acordar uma sensação de culpa…

“Creio que irei morrer.
Mas o sentido de morrer não me move,
Lembro-me que morrer não deve ter sentido.
Isto de viver e morrer são classificações como as das plantas.
Que folhas ou que flores têm uma classificação?
Que vida tem a vida ou que morte a morte?
Tudo são termos onde se define."

(Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos")

terça-feira, outubro 6

Ping-pong

Comemorou-se ontem o 5 de Outubro. O nosso Presidente da Republica , nos jardins do Palácio de Belem, fez uma breve alocução ao evento, justificando a sua não ida ao Palácio da CML, por se estar em período de campanha eleitoral.

O secretário geral do Partido vencedor das eleições legislativas, deslocou-se ao local onde José Relvas, hasteou pela primeira vez a nossa bandeira, frisando que se deslocava sempre ao local dos eventos. Parece-me e admito estar enganado, que as suas palavras eram dirigidas ao PR. Se o eram, eu que como cidadão apenas me interessa o progresso e a estabilidade do meu País, lamento-o.

Posteriormente o PR , “en passant”, vem dizer que os seus antecessores sempre tinham procedido de igual modo. Fiquei desgostoso…

segunda-feira, outubro 5

Despertar


Foi acordando lentamente. Um pequeno seio aninhara-se na concha da sua mão. Andavam afastados pelo dia-a-dia que os engolira e devorava. Tinham deixado de pensar e de viver a sua própria vida. O importante era a vida dos outros, os “casos” que aguardavam julgamento. Foi pastando lentamente no corpo doce e aveludado. Há quanto tempo não faziam amor! Na semi-obscuridade do quarto encantava-o olhar para aquele rosto de menina. No amor era sempre aquele rosto que se mantinha, indiferente à passagem dos anos. A sua mão aflora os cabelos crespos da púbis. Algo procura sofregamente o seu sexo. Roda sobre si próprio penetrando-a lenta e profundamente. O seu espírito, liberta-se do corpo e vagueia pelos espaços infinitos. Regressa à Terra, desperto pelos gritos e gemidos dela e mergulha num suave torpor. Uma mão pequenina afaga-lhe a nuca. Como sempre …

sábado, outubro 3

Estou farto do homem!

Não, não é de quem estão a pensar, estou farto do Louçã. Aquela maneira untuosa e monocórdica de falar, aquela postura de “missionário”, a certeza de quem se julga detentor da verdade única, irritam-me solenemente.
Sempre detestei “os que nunca se enganam”. Eu sou humano, errei muitas vezes e continuarei a errar.

Claro que o homem não desiste da sua ideia de chegar a 1º ministro e ficou “ressabiado” porque foi ultrapassado no “seu” 3º lugar, que já considerava no papo, vejam lá por quem: pelo Portas! O homem não conseguiu engoliu tamanha “humilhação”.

Como nem toda a gente tem dinheiro para comprar jornais e dar-se ao luxo de comprar um semanário, o que eu só faço esporadicamente, tomei a liberdade de transcrever o que José Antonio Saraiva escreve no SOL de 02 OUT 09:
“O BE também tem um bom líder, mas que começa a cansar. Os seus truques (ou tiques?) de retórica são já demasiado óbvios e previsíveis. Já nada nele é genuíno: é tudo ensaiado. E nesta campanha começou a mostrar a careca, afugentando alguns iludidos.
Mas afinal ele é comunista? Mas ele defenderá mesmo as nacionalizações? E onde iria arranjar dinheiro para tudo o que promete? Para resolver os problemas do país basta tirar aos ricos e dar aos pobres?*
Julgo que o BE está a atingir o seu patamar máximo – e, à medida que Louçã se for enchendo de empáfia e mostrando os dentes, como aconteceu na noite eleitoral, o seu eleitorado ir-se-á esvaziando”.

* Isso já o “Robin dos bosques” fazia e ao fim de todos estes séculos, está tudo na mesma…

quinta-feira, outubro 1

Como arrumar um marido rico

Deixemos as coisas sérias, vamo-nos entretendo com os “Gatos fedorentos” e as suas entrevistas aos políticos da nossa praça e com as anedotas que nos enviam, embora correndo o risco de algumas já serem conhecidas.

“Uma moça escreveu um email para uma revista financeira pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico". Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada. Segue:

Mensagem email da MOÇA:

"Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste site? Ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas? Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West. Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente. Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correcta? Como eu chego ao nível dela?"
(Rafaela S.)

Mensagem resposta do (inspiradíssimo) RAPAZ:

"Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação. Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo à toa... Isto posto, considero os factos da seguinte forma:
Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio. Eis o porquê:
o que você sugere é uma negociação simples. Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro. Proposta clara, sem entrelinhas. Mas tem um problema. Com toda a certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando. Assim, em termos económicos, você é um “activo” sofrendo depreciação e eu sou um “ activo” rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, como sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!
Explicando: você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um “caco”. Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada. Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como "trading position" (posição para comercializar) e não como "buy and hold" (compre e retenha), que é para o quê você se oferece... Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar. Cogitar... Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é da praxe: fazer um "test drive" antes de fechar o negócio...
Podemos marcar ?”

(português do Brasil, recebido por e-mail)

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